O Cristiano Ronaldo lembrou-se; como diz o jogo e muito bem, que era o melhor do mundo. A pior altura possível. E pumba, logo aos 6 minutos envia-me um charuto daqueles, quase a 40 metros. Toma lá que já almoçaste. O Helton até se assustou.
Há quem diga que estava adiantado, ou desconcentrado, ou mal colocado, mas eu digo: quem é que estava à espera duma coisa daquelas? Que o Ronaldo, esse “ranhoso”, nos fizesse uma maldade daquelas?
E é preciso dizer que já ao Sporting ele fez o mesmo em Alvalade no ano passado e também com um balázio de fora da área, se bem me recordo.
Quanto a ontem, o Porto entrou mal. A 1ª parte foi fraca, principalmente a primeira meia hora. Mas depois foi sempre a subir, mesmo com o Lucho a torcer um joelho e a ter de sair. Não foi uma exibição ao nível da de Old Trafford, evidentemente, muito longe disso, já se esperava, este jogo ia ser, como foi, mais difícil do que o da primeira mão, mas ninguém pode acusar o Porto de não ter lutado. Não teve situações da baliza aberta, é um facto, mas teve algumas chances para marcar, principalmente no 2º tempo.
Só que o Manchester geriu muito bem a vantagem conquistada logo a abrir e a partir do momento em que passa para a frente da eliminatória, a estratégia do Porto, que era dar a iniciativa ao adversário e jogar no contra-ataque (especialidade da casa) foi virada ao contrário.
Eu acho que não há muito para dizer, é um desfecho de eliminatória perfeitamente normal, ganhou o mais forte, o que, supostamente, não foi normal, foi a extraordinária exibição do porto em Old Trafford na primeira-mão. Não conseguiu ganhar, empatou. Ontem não conseguiu empatar, perdeu.
Parabéns ao Porto, que bateu o pé ao campeão da Europa.
José Gomes, adjunto de Jesualdo (Jesualdo que ficou em casa a ver o Prison Break – estou a brincar, viu o jogo), afirmando-se orgulhoso da sua equipa. Jesualdo chegaria mais tarde, mas não falou na conferência de imprensa. Tudo por causa do manguito.
A propósito, o record de hoje mostra o seleccionador inglês de esperanças, o Stuart Pearce, também conhecido por Psico (tem uma pinta de maluco que não é brincadeira), a fazer um manguito, festejando um golo da sua equipa contra a selecção portuguesa, no apuramento para o europeu de sub 21.
Dois pesos e duas medidas?
Dois pesos para dois manguitos?
Bom, no caso de Jesualdo não foi só um manguito, foram vários. E à dúzia é mais barato.
Por outro lado, poderá alguém dizer que uma coisa é fazer manguitos para o árbitro depois dum golo anulado, outra é fazer um manguito a festejar um golo.
Mas a verdade é que, independentemente das circunstâncias, um manguito é um manguito. (Vale e Azevedo não diria melhor. Ele que foi o autor da célebre frase: “um escudo é um escudo”)
Mariano, muito bem, Bruno Alves, também. Foram os dois melhores do porto, talvez os únicos que estiveram a alto nível.
Hulk, uma lástima. Não deu uma para a caixa. Eu não tinha tirado o Cebola para meter o Farias, tinha tirado era o hulk, que fez um jogo horroroso.
Do outro lado, para além do Ronaldo, esse “traidor ranhoso” que não tem outro nome, Rooney. Claramente, o melhor em campo. Não há muitos jogadores por esse mundo fora que casem a classe individual, com um espírito colectivo com ele tem. Extraordinário. O gordo é mesmo bom. Parece um marçano, ninguém dá nada por ele, e joga à bola que até chateia.
JN