O jogo com a Espanha era um jogo de perder, os espanhóis são melhores e eram favoritos, mas se os favoritos ganhassem sempre a Itália e França não estavam em casa há mais de uma semana e o totobola era facílimo.
O que custa é perder desta maneira.
E, claro, a pergunta tem de ser feita.
E foi feita. O que é a partir de certa altura correu mal, e porque é que correu tão mal?
Ronaldo mandou perguntar a Queirós.
Não é a frase do dia, é a frase do mundial português.
O capitão, que devia estar calado ou então pedir desculpas por ter feito mais uma vez um jogo destes (este ultrapassou todas as marcas) …
O capitão, dizia, esqueceu-se que era capitão (aliás, ele nunca devia ter sido capitão – já repararam certamente que desde que lhe deram a braçadeira nunca mais jogou uma beata na selecção. Nunca mais), mas de facto esqueceu-se das suas responsabilidades e dispara á queima em roupa em Queirós, depois de Deco e de Nani terem feito o mesmo.
E depois lá vem o comunicado do costume a dizer que ele não disse bem o que efectivamente disse e que na realidade não quis dizer o que disse.
Comunicado igual aos de Nani e de Deco, o que também não admira.
O empresário é o mesmo e o assessor de imprensa também
Eu até acho que já está escrito, tipo minuta, e depois assinam.
Muito mal, o Ronaldo. Dentro e fora do campo.
António Simões, velha glória do futebol português, caiu-lhe
O que o Queirós devia ter feito e não teve coragem para fazer era substituir o Ronaldo.
Mas coragem é que coisa que não abunda por aquelas bandas, como de resto se pode comprovar ao longo de todo o mundial até pela forma de jogar da selecção.
Mas voltando precisamente ao jogo:
Entrar em jogo e poder sofrer 3 golos nos primeiros 10 minutos, sempre pelo lado direito da nossa defesa, já lá vamos…
Depois equilibra-lo nos 35 minutos que se seguiram, de tal forma que até conseguimos ser mais perigosos que eles em algumas ocasiões, (ok, a qualidade da Espanha a trocar a bola não tinha nada a ver, eles são melhores, de facto) manter a coisa por mais 15 minutos na segunda parte e, depois, Queirós dar cabo daquilo tudo.
Lembram-se dos míticos 6-3 do Benfica em Alvalade?
Da substituição do Paulo Torres?
Foi mais ou menos isso.
Ao mesmo tempo que o Vicente Del Bosque colocava uma referência no ataque (Llorente), Queirós tirava a única que tínhamos (Hugo Almeida), levámos imediatamente um golo e na última meia hora aquilo que se viu foi uma equipa sem norte, sem rei nem roque, completamente incapaz de se chegar sequer à área espanhola, apesar de estarmos a perder.
Penoso.
Mas Queirós… gostou
Queirós reconhece que a Espanha foi mais forte (também era melhor – isso era autismo puro – tanto também não, caramba) chega a dizer que os jogadores portugueses foram brilhantes (sim, principalmente Ricardo Costa, Pepe, Simão e Ronaldo – já lá vamos) e certamente por estar a ser demasiado brilhante Hugo almeida foi substituído de forma completamente inesperada.
Tinha acabado de fazer uma jogada de golo.
Hugo Almeida desmente categoricamente a afirmação de Queirós.
Alias não era preciso. Toda a gente viu que ele estava muito bem.
Quem já estava todo roto era o Pepe.
E só saiu muito depois de levarmos o golo e quando já não podia mais.
O que é se pedia?
Recuava Meireles e entrava Deco.
Tinha de se tentar fazer alguma coisa naquele meio campo no sentido da bola chegar á frente.
Não.
Deco tinha a sentença escrita depois da bronca que aconteceu
Entrou Pedro Mendes.
Para defender o 1-0 para a Espanha.
Ronaldo à pesca depois de sair o Hugo Almeida. Brincadeira.
Simão, 0.
Só saiu quase no fim.
Para entrar Liedson. Queirós a querer emendar a asneira incrível que tinha feito.
Ricardo Costa?
Não brinquem com a gente.
Todos os lances perigosos da Espanha foram por ali.
E o golo também.
Balanço deste mundial?
4 jogos, 1 vitória, 2 empates, 1 derrota.
7 golos marcados à Coreia. Num só jogo.
0 golos em 3 jogos.
0.
Nada.
Rien.