Está tudo em brasa, até as sardinhas. E estamos no tempo delas.
Do Ronaldo, já vamos falar.
Falemos primeiro da descida do Estrela da Amadora à segunda divisão – não vai competir nas provas da liga – por não ter cumprido os parâmetros financeiros exigidos. O Estrela, por artes do seu criativo presidente, ainda tentou, à ultima da hora, e depois de ter andado uma época inteira sem pagar aos seus jogadores, um golpe de asa. Constituiu uma SAD, mas a liga não foi na conversa – vai, inclusivamente, denunciar o notario que assinou a constituição da sad para lá do prazo e pronto. O Estrela já foi.
Ao mesmo tempo, e pela terceira vez - impressionante – o Belenenses safa-se da descida, sempre de forma administrativa. O clube do Restelo foi convidado a jogar na 1ª liga, no lugar do Estrela.
Imagino que os dirigentes do Belém já devem dizer: é pá, mas para que é que a gente vai gastar dinheiro em jogadores e o caraças, se ficamos sempre na primeira?
Isto ao fim bate sempre certo…
JN
Do Ronaldo, já vamos falar.
Falemos primeiro da descida do Estrela da Amadora à segunda divisão – não vai competir nas provas da liga – por não ter cumprido os parâmetros financeiros exigidos. O Estrela, por artes do seu criativo presidente, ainda tentou, à ultima da hora, e depois de ter andado uma época inteira sem pagar aos seus jogadores, um golpe de asa. Constituiu uma SAD, mas a liga não foi na conversa – vai, inclusivamente, denunciar o notario que assinou a constituição da sad para lá do prazo e pronto. O Estrela já foi.
Ao mesmo tempo, e pela terceira vez - impressionante – o Belenenses safa-se da descida, sempre de forma administrativa. O clube do Restelo foi convidado a jogar na 1ª liga, no lugar do Estrela.
Imagino que os dirigentes do Belém já devem dizer: é pá, mas para que é que a gente vai gastar dinheiro em jogadores e o caraças, se ficamos sempre na primeira?
Isto ao fim bate sempre certo…
JN
3 comentários:
Amigo, safámo-nos 2 vezes:
No Caso Mateus com plena razão (o Gil fez batota) e portanto lutando para tal, desta vez em silêncio, muito bem, por falta de condições do Estrela. Só não percebo porque o ano passado, quando o Boavista foi de vela e o Paços ficou na 1ª, não se ouviu nem leu nada...
De resto, o ano passado não fomos à Europa por causa do Caso Meyong em que se há um culpado, é a Liga que inscreveu o jogador. E em 87 também perdemos 6 pontos por causa do Caso Mapuata, numa suinice do Marítimo, uma vez mais por causa de erros burocráticos, ao tempo, da Federação.
Já agora, é o mesmo clube para o qual a regra do "goal average" significa "diferença de golos". Somos um país que é um espectáculo...
não,amigo.
foram 3.
há muitos anos o beleneses descia de divisão e a então 1ª divisão foi alargada paara mais dois clubes.
abraço,
josé nunes
Caro José Nunes
Começo por me identificar como adepto de sempre do Belém e sócio de há 35 anos.
Embora não seja pessoa para perder muito tempo com este tipo de troca de opiniões, não quero deixar de apresentar a minha, uma vez que a propósito da desqualificação do Estrela da Amadora já tive oportunidade de ler algumas alarvidades, escritas por quem dificilmente consegue articular dois ditongos.
Vamos a factos:
Facto - o Belém foi beneficiado no Caso Mateus, "safando-se" da descida. É verdade.
Pergunta - foi o Belém que instou o Gil Vicente a utilizar o jogador sem quer fosse devidamente comprovada a legalidade da sua utilização? Foi o Belém que denunciou inicialmente a situação, ou antes foram a Académica e o Vitória de Setúbal que o fizeram?
Facto - o Belém foi beneficiado com a desqualificação do Estrela da Amadora, "safando-se" da descida. É verdade.
Pergunta - foi o Belém que instou o Estrela da Amadora a não cumprir as suas obrigações fiscais, da Segurança Social ou salariais, com a perspectiva de poder beneficiar da situação posteriormente?
Sejamos claros.
Em ambas as situações a Liga limitou-se a aplicar os Regulamentos que, entretanto, tinham sido anteriormente aprovados por todos os clubes associados.
Dura lex, sed lex.
Facto - o Belém foi penalizado com a perda de 6 pontos no Caso Meyong.
Pergunta - quem senão o Belém deveria ter confirmado a possibilidade legal de utilizar o jogador nessa época?
Facto - o Boavista foi desqualificado por não cumprir as suas obrigações fiscais e quejandas.
Pergunta - foi o Paços de Ferreira que instou o Boavista a fazê-lo? Porque não houve um movimento de antipatia contra o Paços de Ferreira?
Dura lex, sed lex.
Não deixa entretanto de ser curioso, neste destilar de raiva incontido, ser referido (inclusivé por jornalistas) que esta foi a terceira vez que o Belém foi beneficiado com decisões administrativas, "safando-se" de descidas... Inclui-se no rol o Caso Mapuata. Convém contudo ser rigoroso na difusão desta ou de outras notícias.
Em 1987o Belém foi de facto penalizado com a perda de 6 pontos por inscrição irregular de Mapuata no jogo com o Marítimo. Mas esta perda não teria como consequência a sua descida.
Facto - com esta perda de 6 pontos, e a consequente atribuição de 2 pontos ao Marítimo, este acabou por se safar, passando a ser o Salgueiros o despromovido; entretanto, na altura, também para não se sentirem lesados, a FPF decidiu-se pelo alargamento do Campeonato, incluindo Elvas e Farense e "puxando" o Penafiel, para perfazer 20 clubes.
Esta é a verdade, pelo que, antes de divulgar-se outras versões, convém estar documentado. Haja decoro!
É pena que, com o mesmo afã com que os jornalistas vão desenterrar factos ocorridos há 22 anos, não façam pesquisas mais dilatadas no tempo e falem, por exemplo (porque não?), do Caso Calabote, como analogia ao que se vê (continuará a ver-se) pelos campos do País. Será que é pelo facto do Calabote ter sido favorável aos "lampiões"?
Se querem ser tão meticulosos com factos passados, aproveitem e falem também do Caso N'Dinga (coitada da Académica que teve de comer e calar) ou, já agora, do Caso Francisco Silva, que originou a primeira descida de divisão do Belém. Deve ser o único país do mundo em que um tipo é apanhado em flagrante com as calças na mão (leia-se, a meter a mão no pudim, ou a receber a comissão), constata-se o crime, mas diz-se nada poder fazer-se, porque se tratava de um crime desportivo, portanto não abrangido pela lei civil.
Que espectáculo!!
Um abraço
João Relvas
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