sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O desnorte na SC

Olá zé! Já que abres este espaço ás opiniões da malta sobre as tropelias, anomalias, arrelias, disparatarias, camacharias, vieirias, conflitarias, equivocuarias, sei lá, e tantas mais coisas acabadas em ias, assim como: deviam todos ir embora e deixar apenas os jogadores e, a bola, para a gente ter mais gozo a ver um jogo de futebol. Eu, benfiquista, ouvinte, simpazizante de futebol e do teu espaço radiofónico, ando cá atravessado com toda esta embrulhada que andam a mixordar os “paladinos do disparate”, “palradores inverídicos”, “armários de vaidades”, e a quem pomposamente chamam “dirigentes”. Então achei que era altura de fazer um pouco o papel deles e tentar opiniar qualquer coisa dentro do mesmo registo que a eles foi legado. Tentei mas não consegui, é bastante difícil atingir o seu grau de perfeição, mas como eles por ai andam, ninguém os manda calar e ainda correm atrás deles para os ouvir, acho que não me vais levar a mal por eu invadir o teu espaço com mais uma atordoadas, desta da minha lavra:

È mania dos terramotos,
Criarem Tsunamis no mar.
Mas, para refinarem os modos,
Pousaram na segunda circular.

Por ali andam aos safanôes
Do Campo Grande a Benfica.
Esfrangalhando aguias e leões,
Velhos heróis, sem querer nem pica.

Dos alicerces caídos,
Saem ratos p´rá pantalha,
Pondo nos dedos polidos
Belos caxuxos, de fina tralha.

São os pedreiros modernos
Que trocam tijolos por bolas.
Compram em lotes, trolhas latinos.
E trazem do leste,
Estucadores em padiolas.

Finos visionarios da raça comandante!
Sabios entendidos sobre a raça comandada!
Chamam p´rá primeira gente que garante,
À segunda: aficion e missa bem rezada!

Veio frei Bento de casta rija!
Veio Dom Camacho p´rós aficionados!
Vieram e palparrearam com genica,
E só mostraram: serem desartilhados! (capados)

Empruados e convencidos,
Pedreiros e seus serventes,
Deitam barro à parede, já vencidos,
Sacudindo das ombreiras,
Os residuos poluentes.

Artimanham em conluio nova massa,
Com cimento e areia sem ter uso,
Rejeitando materiais feitos na casa,
Porque a sua consistência: não é de luxo!

Trocas e trocas e mais trocas!
Assim se vai criando a ilusão:
Que grandes serão os feitos com as trocas,
Pois há-de vir no vendaval a solução!

E de norte a desnorte vão correndo,
Vendo o norte a fugir ao pé coxinho.
De desnorte em desnorte vão morrendo,
Vendo o norte a dançar o corridinho!

È esta a paisagem da segunda circular,
Onde a rivalidade gerou cegueira suicida.
De tanto quererem casa que não podiam comprar,
Venderam a alma dum sonho,
Que é bálsamo para a vida.


Com a consideração devida

João Bernardo (JB amartelo)

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