quinta-feira, 8 de julho de 2010

Olá pessoal

Ora a Espanha está na final e francamente não fico nada surpreendido.

Já vos tinha dito isso mesmo em dias anteriores.

Os homens jogam à bola até dizer chega, não a dão a ninguém – são uns egoístas do caraças – querem a bola só para eles, fazem lembrar aqueles meninos lá da rua que eram os donos da bola e que achavam que por isso mesmo, por uma questão de propriedade patrimonial, tinham o direito de não a passar aos outros.

Assim estão os nossos amigos espanhóis.

Sim, digo bem, amigos.

Para o Carlos Queirós os espanhóis são amigos do peito, mesmo.

São eles que lhe dão ainda uma réstia de argumentos para poder dizer (e vai dizer, não tenham duvidas – na primeira entrevista que der e não deve tardar muito, vai dizer isso mesmo: ah, e tal, toda a gente me criticou, mas ninguém fez melhor com a Espanha. Levaram todos na touca.)

Mas esta, claro, é só uma pequena parte da verdade. Eu diria, a mais pequena, mesmo.

Mas voltemos ao Espanha - Alemanha.

A Espanha não deu a mínima chance.

Ganhou por 1-0, podia ter ganho por 2 ou 3.

Lá está. Como com Portugal.

E realmente a Alemanha às tantas parecia Portugal.

Todos lá atrás, ninguém saía.

Inofensivos a atacar. Perdiam a bola constantemente.

E também não conseguiram reagir ao golo da Espanha. Como Portugal.

Mas lá está. Olhando para trás e vendo o que a Alemanha fez, existe uma certa diferença (digo eu) comparado como que Portugal fez. Mas ontem foi praticamente a mesma coisa.

E aqui há mérito da Espanha, indiscutivelmente.

Jogam, dominam e quando os outros têm a bola, abafam e ficam com ela outra vez.

Puyol marcou o golo (com uma grande marrada, há que dizer) e bem vistas as coisas destes 3 jogos a eliminar em que a Espanha ganha por 1-0 – Portugal, Paraguai e Alemanha só mesmo o Paraguai é que deu luta.

Portugal e esta Alemanha de ontem, irreconhecível – Portugal não, esteve ao nível a que estava nos outros jogos quase todos – Portugal e Alemanha, dizia, nem deram luta.

E o resultado é enganador. A Espanha podia e devia ter marcado mais golos.

Del bosque estava evidentemente muito satisfeito com a exibição perfeita dos seus rapazes e antevê muitas dificuldades na final com a Holanda…

Mas…

Eu acho que vai acontecer a mesma coisa. A Espanha a jogar e a Holanda a ver.

Se a Holanda não jogar um bocadinho mais na frente, a Espanha é campeã.

Vão mesmo ter que por a bola no Sneijder, para ele jogar com o Robben, o Kuijt e o Van Persie, senão, têm a mesma sorte que os alemães. Nem tocam na chincha. Se se encolherem todos lá atrás, já foram.

A única forma de dar a volta a esta Espanha é não se encolherem.

Eu sei que é muito difícil e que o mais certo é perderem, mas não perdem na mesma mesmo metidos dentro da baliza?

Essa é que é essa.

E assim vai o mundial, prestes a acabar depois duma maratona impressionante de 1 mês, 64 jogos (faltam 2) e milhares e milhares de vuvuzelas.

Já todos temos zumbidos nos ouvidos.

E não foi preciso lá ir.

E o pior é que já há por cá em todo o lado.

Há um puto numa casa lá ao pé de mim que passa a vida a soprar na vuvuzela.

Mas ele não tem nada assim mais interessante para soprar, não?

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