Ora viva, meus amigos,

É hoje.

É hoje.

Chegou o dia do Benfica jogar em Anfield, frente ao Liverpool.

Estádio cheio, lá em Liverpool, milhões de fãs, por cá de cachecol na mão, a roerem as unhas, como o nosso botas, por exemplo, só que neste caso, não é vermelho, é red, é mais do lado de lá.

E, perguntam vocês, como é que o jogo vai decorrer para o Benfica?

Eu sei lá…

Olha, se começar como o da naval ou mesmo o de Marselha – recordo que nesses dois jogos o Benfica esteve a perder – a coisa é capaz de se complicar…

É verdade que o Benfica recuperou e deu a volta nessas duas partidas, mas isto agora não é sempre a dar de avanço e depois dar-lhes na tarraqueta.

E ninguém tem dúvidas que Gerrard, torres e companhia vão entrar a todo o gás, a 100 á hora, para meter o Benfica pela baliza dentro.

Como é que o Jesus vai resolver isto, perguntam vocês, pergunta o país, perguntamos todos?

Jesus diz que a coisa se vai decidir nos pormenores técnicos e principalmente tácticos, ou não fosse ele o responsável pela táctica.

No fundo o que Jesus nos quer transmitir nesta parábola é que ele é o maior – é melhor que o Rafa Benitez – e que sendo assim é pela táctica que a coisa se vai decidir e, sendo assim, o Benfica tem francas hipóteses não só de papar o Liverpool, como de chegar á final, uma vez que é possível que seja o atlético de Madrid a calhar nas meias finais e o seu treinador é o Quique Flores.

E em relação a esse, nem há conversa.

O Jesus dá-lhe 2 de avanço a acabar aos 4. Como fez ao Inácio, basicamente.

Mas é assim que ele pensa, não tenham dúvidas. Auto confiança não lhe falta. E isso é muito importante.

E realmente tem mostrado serviço. Disso, não há duvidas.

Da mesma forma que não há dúvida, já o disse aqui ontem, que este jogo é o jogo mais importante, pelo menos mais mediático da carreira de Jesus.

Jesus diz que é um jogo importante, muito importante, ok, mas z que vai ter muitos mais assim. Lá está.

Ninguém agarra o Jesus.

Parece um balão. É sempre a subir. Sempre a inchar. Cuidado, não vá o Rafa Benitez espetar um alfinete.

Vamos ter fé que não.

Benfica com Júlio César na baliza

Maxi, Luisão, talvez Sidney e David Luiz à esquerda por causa do Kuijt.

Não é que o Jesus seja de inventar muito, mas fala-se nesta possibilidade. Vamos a ver.

No meio campo, Carlos Martins, Ramires, Javi Garcia e Di Maria.

Aimar no apoio a Cardozo. Será assim.

Ou sai o Carlos Martins e entre o Ruben Amorim?

Ou sai o Aimar, entra o Ruben Amorim para o lugar do Carlos Martins e o Carlos Martins para o lugar do Aimar.

Não sabemos.

Mas mais logo, às 8 e 5 – lá está o estranhíssimo horário da Liga Europa – já o saberemos.

Sabem quem é o único treinador português que não perdeu em Anfield?

Foi o Jaime Pacheco

Pacheco que diz que qualquer jogador se sente “superior” num campo daqueles. Com super poderes, mesmo.

Parece que já estou a ver o Di Maria de capa, a bater não as asas, mas as orelhas, para levantar voo…

Títulos dos jornais desportivos. Todos eles dedicados ao SLB, claro.

A bola: temos de saber sofrer, diz o luisão.

“Aguenta, não chora, respira fundo…”

E depois aparece assim com uma cara bem estranha, a puxar pela beiçana, boca aberta, assim um ar um bocadinho alucinado, o que não augura nada de bom para o Liverpool.

Imagine o Jesus com aquela cabeça bicuda que deus lhe deu (neste caso não foi o Jesus, foi deus, mesmo), com quase 2 metros de altura, a dar uma cacholada na bola e a mete-la na baliza do reina…

Record: Aimar e Cardozo – dupla para ganhar. Não há Saviola, há Aimar, mantém-se o mesmo registo de sorte grande e aproximação lá na frente. Um calmeirão (Cardozo) e um shorty (Aimar). Vamos ver se continuar a funcionar a fórmula.

O jogo: yes we can!

E lá está Jesus com o dedo espetado, olhar no infinito, uma pose de estado, mesmo, de alguém que vai fazer história.

É disto que são feitos os grandes vultos da humanidade.