Não sei qual a expressão que mais se adequa a esta situação: “Tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta” ou “A ocasião faz o ladrão”…
Sem querer fazer insinuações que ponham em causa o direito à presunção de inocência dos visados no caso “Apito Dourado”, faz-me muita confusão que a FIFA e o International Board se recuse a tentar solucionar estes problemas de forma preventiva, preferindo lamentar-se à posteriori e aplicar sanções desportivas e pecuniárias devido às situações ilícitas que surgem.
À semelhança do senhor, também eu defendo a inclusão de novas tecnologias no futebol, que ajudassem a tornar o futebol mais honesto e menos dependente do “erro” humano da equipa de arbitragem. Senão, veja-se:
- Colocando o sensor na bola e nas linhas, facilmente se saberia se a bola entrou ou não na baliza, ou se saiu de campo;
- Colocando sensores nas botas, também se saberia, com certeza, se existe ou não fora de jogo;
- O recurso a imagens televisivas permitiam que um árbitro (ou mesmo um grupo de árbitros) pudesse dar informações ao árbitro de campo sobre a existência ou não de uma falta.
Esta teimosia em implementar as novas tecnologias, sobre o argumento que haveria menos emoção e provocaria menos discussão, é uma treta:
Para já, torna aceitável o erro, em vez de o tentar eliminar; depois, leva a que os clubes se sintam no direito de, impunemente, condicionar de maneira legítima ou ilegítima os elementos decisores no campo; cria um clima de suspeição sobre o desporto; o exponenciar das emoções leva a revolta e comportamento incorrecto por parte dos adeptos…
Haja vergonha… actue-se de forma preventiva, e elimine-se o erro que, incondicionalmente, beneficia os mais poderosos (quer a nível nacional, quer internacional – curiosamente, são estes os clubes que votam na alteração ou não das leis desportivas!).
Por outro lado, dizer-se que um eventual castigo ao FC Porto este ano seria injusto porque não castiga de forma eficiente o clube é tudo menos séria: se os regulamentos são injustos, alterem-se os regulamentos! Adiar a decisão para a próxima época porque é mais penalizador é absolutamente imoral: é como dizer que, num condenado à morte a quem se descobriu um novo crime, como não se pode agravar (não é penalizador), a pena transita para os descendentes.
O FC Porto são os seus adeptos, e estes não cometeram ilegalidades! Se alguém cometeu alguma ilegalidade em nome do FC Porto, esse sim, deverá ser penalizado… mas considero que se deve defender Pinto da Costa até ao fim: seria uma cobardia e uma falta de consideração por um homem que deu tudo ao FC Porto abandoná-lo agora, aceitando, de ânimo leve, que ele seja culpado! O que se diria daqui a uns anos quando se falasse dos títulos ganhos pelo FC Porto durante a presidência de PC.
Agora que termino, considero que a melhor expressão é “Tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta”…
Cumprimentos
Nuno Silva
Sem querer fazer insinuações que ponham em causa o direito à presunção de inocência dos visados no caso “Apito Dourado”, faz-me muita confusão que a FIFA e o International Board se recuse a tentar solucionar estes problemas de forma preventiva, preferindo lamentar-se à posteriori e aplicar sanções desportivas e pecuniárias devido às situações ilícitas que surgem.
À semelhança do senhor, também eu defendo a inclusão de novas tecnologias no futebol, que ajudassem a tornar o futebol mais honesto e menos dependente do “erro” humano da equipa de arbitragem. Senão, veja-se:
- Colocando o sensor na bola e nas linhas, facilmente se saberia se a bola entrou ou não na baliza, ou se saiu de campo;
- Colocando sensores nas botas, também se saberia, com certeza, se existe ou não fora de jogo;
- O recurso a imagens televisivas permitiam que um árbitro (ou mesmo um grupo de árbitros) pudesse dar informações ao árbitro de campo sobre a existência ou não de uma falta.
Esta teimosia em implementar as novas tecnologias, sobre o argumento que haveria menos emoção e provocaria menos discussão, é uma treta:
Para já, torna aceitável o erro, em vez de o tentar eliminar; depois, leva a que os clubes se sintam no direito de, impunemente, condicionar de maneira legítima ou ilegítima os elementos decisores no campo; cria um clima de suspeição sobre o desporto; o exponenciar das emoções leva a revolta e comportamento incorrecto por parte dos adeptos…
Haja vergonha… actue-se de forma preventiva, e elimine-se o erro que, incondicionalmente, beneficia os mais poderosos (quer a nível nacional, quer internacional – curiosamente, são estes os clubes que votam na alteração ou não das leis desportivas!).
Por outro lado, dizer-se que um eventual castigo ao FC Porto este ano seria injusto porque não castiga de forma eficiente o clube é tudo menos séria: se os regulamentos são injustos, alterem-se os regulamentos! Adiar a decisão para a próxima época porque é mais penalizador é absolutamente imoral: é como dizer que, num condenado à morte a quem se descobriu um novo crime, como não se pode agravar (não é penalizador), a pena transita para os descendentes.
O FC Porto são os seus adeptos, e estes não cometeram ilegalidades! Se alguém cometeu alguma ilegalidade em nome do FC Porto, esse sim, deverá ser penalizado… mas considero que se deve defender Pinto da Costa até ao fim: seria uma cobardia e uma falta de consideração por um homem que deu tudo ao FC Porto abandoná-lo agora, aceitando, de ânimo leve, que ele seja culpado! O que se diria daqui a uns anos quando se falasse dos títulos ganhos pelo FC Porto durante a presidência de PC.
Agora que termino, considero que a melhor expressão é “Tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta”…
Cumprimentos
Nuno Silva
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